data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Marcelo Oliveira (Diário)/
Presidente atribuiu a alta nos preços dos combustíveis à corrupção de governos passados e às leis antigas
Em visita à cidade de Anguillara Veneta, na Itália, nesta segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse à imprensa que soube "extraoficialmente" que um novo aumento dos combustíveis está sendo planejado pela Petrobras para daqui a 20 dias. Segundo ele, o assunto será prioridade em seu retorno ao Brasil, previsto para esta terça-feira.
- Esta semana vai ser um jogo pesado com a Petrobras, porque eu indico o presidente, quer dizer, tem que passar pelo conselho, não sou eu que indico, e tudo que de ruim acontece lá cai no meu colo. O que é bom não cai nada em meu colo - disse.
O ideal, na visão do presidente, é tirar a estatal "das garras do Estado", com a privatização da empresa.
- Isso é o ideal, no meu entender, que deve acontecer. Agora, isso aí não é colocar na prateleira e vender amanhã. Esse processo vai durar mais de ano - admitiu.
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Ainda na avaliação de Bolsonaro, um novo reajuste não pode acontecer.
- A gente não aguenta porque o preço dos combustíveis está atrelado à inflação e falou em inflação, falou em perda do poder aquisitivo. A população não está com salário preservado ao longo dos últimos anos. Os mais pobres sofrem - disse.
O presidente disse, ainda, que está disposto a rediscutir a política de preços da companhia, mas sem interferir nos "rendimentos dos acionistas". Bolsonaro acrescentou que o governo federal não tem interesse nos dividendos recebidos pelo lucros da Petrobras. Nesse sentido, ele tem conversado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para que esses recursos sejam revertidos para abater o preço do diesel.
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CORRUPÇÃO
O presidente atribuiu a alta nos preços dos combustíveis à corrupção de governos passados e às leis antigas. Bolsonaro defendeu o congelamento dos impostos e apontou como "vilão" do custo final na bomba o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Na semana passada, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), do qual integram secretários de Fazenda dos estados e do Distrito Federal, aprovou o congelamento do valor do ICMS cobrado nas vendas de combustíveis por 90 dias.